Foi na arquitetura que o homem decidiu atingir a harmonia entre o Homem e a natureza, o equilíbrio entre a sociedade e o universo, a união entre o homem e os deuses. Da mesma forma que a cidade era uma estrutura politica participada pelos seus cidadãos, também a arquitetura refletiu um sistema racional, fundado nas leis da matemática, da geometria e do pensamento racional. A principal expressão da arquitetura grega foi o templo e as ordens arquitetónicas, sobre os quais incidiram as pesquisas técnicas, morfológicas e estilísticas.
É no templo que se concentra a procura da racionalidade, da perfeição e do belo. O templo é um objeto arquitetónico com um forte carácter estético designado a ser contemplado do exterior numa fusão do racionalismo, idealismo e do antropocentrismo.
No traçado do templo são aplicadas as noções de ordem, proporção e harmonia pelas quais se deve reger qualquer composição formal.
Uma ordem arquitetónica é um sistema arquitetónico que afecta o projeto de um edifício dotando-o de características próprias e associando-o a uma determinada linguagem e a um determinado estilo histórico. Compreende o conjunto de elementos previamente definidos e padronizados que, relacionando-se entre si e com o todo de um modo coerente, conferem harmonia, unidade e proporção a um edifício segundo os preconceitos clássicos de beleza. As diferentes ordens arquitetónicas foram criadas na Antiguidade Clássica, embora elas tenham eventualmente sido alteradas quando de sua reinterpretação em períodos como o do Renascimento. Foram criadas as seguintes ordens arquitetónicas: dórica, jónica e coríntia, que diferiam ao nível do capitel, da ornamentação e do respetivo sistema de proporções.
O Helenismo assumiu uma clara função propagandística. a arquitetura pretendia embelezar a cidade e prestigiar as monarquias helenísticas.